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Com explosão de mortes por Covid-19, medo de coronavírus aumenta no Brasil

Publicado em: 30/06/2020

Apesar do aumento do medo de contrair o novo coronavírus, caiu o índice de isolamento social que contribui para achatar a curva de contaminação no país. Nesta segunda-feira (29), foram registrados  24.052 novos casos no Brasil, totalizando 1.368.195 pessoas  infectadas pelo vírus. Mais de 58.314 mil brasileiros morreram vítimas da doença desde março, sendo 692 óbitos só nas últimas 24 horas. O número de mortes diárias foi menor porque a contagem de casos e mortes por coronavírus tende a desacelerar nos finais de semana e às segundas porque há um atraso nas notificações.

De acordo com a pesquisa Datafolha, divulgado nesta terça-feira (30), o medo aumentou junto com a explosão de mortes pela doença no país – cerca de 53% das mulheres têm medo de contrair o vírus, contra 41% dos homens. Entre os mais pobres o percentual é 51%, contra 36% entre os mais ricos. Já entre os moradores da Região Nordeste 52% têm medo. 

Apesar disso, diminuiu a proporção de pessoas que relataram sair de casa somente quando é inevitável. O índice  que era 18% em abril caiu agora para 12%.

Brasil isolado no mundo

Com a desaceleração da doença em alguns países do mundo, 27 países da União Europeia concordaram em abrir as fronteiras externas nesta quarta (1º) para 14 países com a situação menos crítica da Covid. Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai reabrirão suas fronteiras.

Brasil, a Rússia, os Estados Unidos, a Arábia Saudita e a Turquia, estarão de fora devido ao alto índice de contagio de coronavírus nesses países. Ou seja, os turistas desses países estão proibidos de viajar para a Europa.

A Covid-19 no mundo 

O mundo chegou à marca trágica de meio milhão de mortes decorrentes do novo coronavírus. À medida que a pandemia avança nos Estados Unidos e no Brasil, responsáveis por mais de um terço das mortes, a doença perde letalidade em países europeus e asiáticos, embora haja ainda aumento nos casos.

O Brasil é o segundo do mundo com maior número de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,5 milhões de casos confirmados e 125 mil óbitos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

Estados

O estado de São Paulo, epicentro da doença, contabilizou 3.408 novos casos de contaminação e 60 mortes nesta segunda-feira, elevando o total de casos para 275.145 e 14.398 óbitos.

O Rio de Janeiro é o segundo estado na lista de mais afetados, com 29 mortes registradas por Covid-19 e 585 novos casos da doença nas últimas 24 horas. No total, são 9.848mortes e 111.883 casos confirmados da doença.

A situação também é crítica em Minas Gerais, que reabriu parte do comércio antes da pandemia ter chegado ao pico no estado. Belo Horizonte bateu o recorde de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 pelo quarto dia consecutivo, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta segunda-feira (29).

Cerca de 87% das UTIs destinas a pacientes em estado grave da doença estão em uso. A capital mineira registra no total 5.510 casos confirmados e 129 mortes por causa do novo coronavírus na cidade. Em todo o estado, a taxa de ocupação geral de leitos de terapia está em 73%.

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) decretou lockdown, confinamento obrigatório, por 14 dias em todo o estado a partir desta terça-feira (30). O estado foi um dos primeiros a flexibilizar a quarentena para aquecer a economia. 

Estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) estima que o estado precisaria de 2 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e que pode ter 18 mil mortes por Covid-19 até setembro.

OMS diz que pior está por vir

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que o mundo ainda está distante do fim da pandemia do novo coronavírus e que a atual crise política, falta de unidade nacional para combater a covid-19.

 “Isso está longe de acabar”, afirmou ele, durante entrevista coletiva da entidade. “O pior ainda está por vir”, disse, ao criticar as divisões políticas e ideológicas que atrapalham o combate à doença.

Fonte: CUT

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