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Na última quarta-feira (27), as ruas do centro de Osasco foram tomadas por uma manifestação dos comerciários da cidade, que se mobilizaram em luta pelo fim da escala 6×1 e pela redução da jornada de trabalho sem prejuízo salarial. A ação, organizada pelo Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor), contou com o apoio de diversas entidades e movimentos sociais, incluindo a Subsede da CUT-SP em Osasco, o Partido dos Trabalhadores (PT) de Osasco e Jandira, a União da Juventude Socialista (UJS), Juventude do PT (JPT), PSOL, PCBR, Siemaco, Bancários de São Paulo, Osasco e Região, e a CISSOR.
A escala 6×1, que impõe aos trabalhadores do comércio uma jornada exaustiva com apenas um dia de descanso semanal, é uma prática que afeta boa parte da categoria, especialmente em períodos de festas como o Natal e o Ano Novo, quando muitos trabalhadores enfrentam jornadas intermináveis. A reivindicação pelo fim dessa jornada desumana foi o principal foco da manifestação.
Luta pela Redução da Jornada de Trabalho
Luciano Pereira Leite, presidente do Secor, destacou a importância de uma redução da jornada de trabalho sem perda salarial. “A proposta de redução da jornada é uma medida urgente e estratégica diante das transformações no mercado de trabalho. O Secor endossa o posicionamento da CUT de que a redução da jornada de trabalho deve ser acompanhada pela manutenção de salários e direitos conquistados em negociações coletivas. Só assim conseguiremos construir um país mais igualitário, com maior distribuição de renda e bem-estar social”, afirmou Luciano.
Edson Bertoldo da Silva, secretário de Políticas Sociais da CUT-SP e dirigente do Secor, enfatizou o fortalecimento da democracia e da qualidade de vida com a implementação dessa redução. “É fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras sejam protagonistas nas decisões que moldam o futuro do Brasil. O crescimento econômico precisa estar atrelado ao fortalecimento da democracia, à proteção social e ao combate à precarização do trabalho”, disse Bertoldo.
Impactos para as Mulheres e a Família
Elisangela, coordenadora da subsede da CUT-SP, ressaltou que a redução da jornada sem redução salarial traria benefícios significativos, principalmente para as mulheres. “As mulheres, historicamente sobrecarregadas com as duplas e triplas jornadas, seriam especialmente beneficiadas com essa mudança. Além disso, a redistribuição de empregos e responsabilidades familiares fortaleceria a coesão social e ajudaria a reduzir desigualdades”, defendeu.
Elcinedes Costa, dirigente sindical e trabalhadora das Casas Bahia, destacou a importância de permitir que os trabalhadores tenham tempo com suas famílias. “Trabalhar de domingo a domingo torna impossível acompanhar o crescimento dos filhos. Com esse projeto, seria possível alcançar um equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar, algo essencial para todos nós”, afirmou Elcinedes.
A Batalha no Congresso
O movimento também recebeu um apoio claro da Secretaria de Políticas Sindicais e Sociais, que alertou para a necessidade de vigilância no Congresso Nacional. “Muitos deputados que pediram votos em suas cidades assinaram o projeto para tramitar na Casa Legislativa. Mas, precisamos estar atentos, pois o que está em jogo não é apenas o fim da escala 6×1, mas sim a redução da jornada de trabalho semanal sem que haja prejuízo aos salários”, afirmou a Secretaria.
Carlos Augusto, dirigente sindical, alertou que as condições de trabalho nos centros de distribuição também são afetadas pela escala 6×1. “Nos centros de distribuição, os trabalhadores enfrentam jornadas exaustivas devido à pressão pela expedição de caixas. Isso só aumenta o sofrimento desses trabalhadores, que também merecem uma jornada mais justa e equilibrada”, destacou.
Ricardo Alexandre, membro da CONTRACS-CUT, ressaltou que a luta pela redução da jornada de trabalho é uma questão de todos os trabalhadores brasileiros. “Essa é uma luta nacional. A CONTRACS, que representa os comerciários em todo o Brasil, tem se empenhado para que a redução da jornada de trabalho se torne realidade”, afirmou Alexandre. Ana Rapini, Secretaria Geral do Secor, também esteve presente na ação sindical no calçadão de Osasco.
A mobilização segue em busca da justiça para os trabalhadores do comércio, e a esperança é de que o movimento continue ganhando força, tanto nas ruas quanto no Congresso Nacional, até que se conquiste a mudança tão aguardada.
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