No dia 21 de janeiro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, uma data de reflexão e ação que busca promover o respeito e a compreensão entre as diversas crenças presentes no país. Essa importante data foi instituída pela Lei Federal nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, em memória à Iyalorixá baiana, Mãe Gilda, fundadora do Ilê Asé Abassá.

Mãe Gilda tornou-se símbolo dessa luta após ter sua casa e terreiro invadidos por um grupo de outra religião. Injustamente caluniada, perseguida e agredida física e verbalmente, ela e seu marido enfrentaram um trágico desfecho, com Mãe Gilda falecendo vítima de um infarto fulminante. Sua história ressalta a urgência de combater a intolerância religiosa, um flagelo que persiste, causando danos irreparáveis.

O Brasil, conforme estabelecido pela Constituição Federal em seu Artigo V, Inciso VI, garante a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de culto e suas liturgias. No entanto, a desinformação, o preconceito, a discriminação e a intolerância continuam sendo os principais motivos do desrespeito às religiões.

Jaqueline Medeiros, diretora e defensora da causa, destaca que a intolerância religiosa é uma manifestação clara da falta de amor ao próximo. “De tanto ver a intolerância reinar, minha tolerância se tornou intolerante!”, ressalta ela. A luta contra esse problema exige esforços contínuos de conscientização e promoção da diversidade religiosa.

Jaqueline Medeiros, diretora e defensora da causa

Patrícia Nascimento, representante do Secor (Sindicato dos Empregados no Comércio de Osasco e Região), reforça o compromisso da entidade na defesa de todas as religiões. “Estamos em um estado laico, e nossa categoria contempla todas as religiões. O sindicato é dos trabalhadores e trabalhadoras, todos participam, todos contribuem. Essa causa também é nossa, já representamos a categoria, por isso o SECOR estará sempre na luta, combatendo a intolerância religiosa”, afirma.

Patrícia Nascimento, representante do Secor

A luta contra a intolerância religiosa é um esforço coletivo, e é fundamental que a sociedade, organizações e líderes religiosos unam forças para promover o respeito à diversidade de crenças. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa, igualitária e plural, onde a liberdade de religião seja verdadeiramente respeitada.

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