Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024 -

Maioria dos brasileiros é contra desmonte trabalhista e privatizações de Bolsonaro

Publicado em: 09/01/2019
Bolsonaro pode acabar com abono, BPC e mudar regras do salário mínimo e FGTS

EDSON RIMONATTO

Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha divulgada no último sábado (5) mostra que a maioria da população brasileira rejeita as privatizações de empresas estatais e a retirada de direitos trabalhistas, duas das principais bandeiras neoliberais, defendidas pelos eleitos Jair Bolsonaro (PSL, presidente), João Dória (PSDB, governador de São Paulo) e Romeu Zema (Novo, governador de Minas Gerais). Respectivamente, 60% e 57% das pessoas ouvidas pelo instituto afirmaram discordar de ambas as práticas.

Segundo a pesquisa, apenas 34% da população concorda que o governo deve vender o maior número possível de suas empresas. Outros 5% afirmaram não ter opinião formada e 1%, neutro.

As privatizações encontram maior aprovação entre os mais ricos, na faixa de renda superior a dez salários mínimos (56%). Homens, pessoas com curso superior e moradores do Centro-Oeste e do Norte também são mais favoráveis à venda das estatais, afirma o Datafolha. Mulheres, pessoas com escolaridade média, moradores do Sul e do Nordeste e os mais pobres rejeitam majoritariamente as privatizações.

Em outro recorte, apenas entre partidários da sigla de Bolsonaro, o PSL, o apoio às privatizações é majoritário: 65% defendem a medida. Entre simpatizantes do PSDB – partido historicamente ligado às privatizações de estatais federais, estaduais e municipais –, o número de apoiadores atualmente é 41%. Já entre petistas estão os que expressam menor apoio à venda de empresas públicas (29%).

Já em relação à reforma trabalhista, a redução ou flexibilização das leis que regulamentam as relações entre setores patronais e os trabalhadores é apoiada por 40% dos brasileiros. A pesquisa indicou que 3% dos ouvidos disseram disseram não ter opinião sobre o assunto.

Nos últimos dias, evidenciou-se que as privatizações são alvo de controvérsia dentro do primeiro escalão do governo Bolsonaro. Na sexta-feira (4), o próprio presidente levantou dúvidas sobre a compra da divisão de aviação civil da Embraer pela Boeing, ao afirmar que vê ameaças ao que ele chamou de “patrimônio nosso”.

A pesquisa ouviu 2.077 pessoas em 130 cidades, em 18 e 19 de dezembro A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Fonte: Rede Brasil Atual 

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