No dia 10 de dezembro, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Osasco e Região (SECOR) esteve presente em um grande ato na Avenida Paulista, em São Paulo, ao lado da CUT e de movimentos sociais como a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. A mobilização, que também teve atividades em cidades como Osasco, Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Ubatuba e Santos, destacou a luta pelo fim da jornada de trabalho 6×1, pela redução da jornada sem redução de salários, e por outras pautas de impacto nacional.

Exaustão no comércio e a luta por uma jornada digna

“O comércio frequentemente é a porta de entrada no mercado de trabalho para muitos, mas esses trabalhadores enfrentam jornadas exaustivas. A carga horária de 44 horas semanais, permitida por lei, é muitas vezes ultrapassada, gerando horas extras ou sendo acumulada no banco de horas. Precisamos avançar no debate sobre o projeto Vida Além do Trabalho (VAT), em tramitação no Congresso, e mobilizar os trabalhadores para pressionarem os deputados federais a libertar os comerciários dessa realidade, sem prejuízo aos salários”, afirmou Edson Bertoldo, Secretário de Políticas Sociais da CUT-SP e dirigente do SECOR.

Justiça social e combate a retrocessos

O ato também incluiu a cobrança pelo arquivamento da PEC do Estupro, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A proposta ameaça direitos já garantidos ao impedir a interrupção da gravidez mesmo em casos de risco de vida para a gestante, anencefalia do feto ou gravidez resultante de violência sexual.

“Não podemos aceitar retrocessos tão graves que afetam diretamente a dignidade e os direitos das mulheres brasileiras”, declarou Bertoldo.

Outra pauta defendida pelo SECOR foi a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil, além da taxação de fortunas superiores a R$ 50 mil mensais. “Estamos engajados em mobilizar os trabalhadores para apoiar a taxação das grandes fortunas e garantir a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Essas propostas, apresentadas pelo governo Lula, dependem de aprovação no Congresso e são essenciais para uma distribuição mais justa da carga tributária no país”, explicou Carlos Augusto, dirigente do SECOR.

Direitos Humanos e o fortalecimento da democracia

O ato de 10 de dezembro coincidiu com o Dia Internacional dos Direitos Humanos, o que reforçou a importância da luta por justiça social e pela defesa do Estado Democrático de Direito. Para Oswaldo Bezerra, o Pipoka, Secretário de Mobilização da CUT-SP, a data carrega um forte simbolismo.

“Este é um momento para reafirmar nosso compromisso com as instituições democráticas e com a vontade popular. Estamos aqui para lutar por direitos e fortalecer a justiça social”, destacou Pipoka.

Com ampla participação e um discurso coeso em defesa dos trabalhadores, o SECOR reforça seu compromisso com ações concretas que promovam condições dignas de trabalho, direitos humanos e igualdade social.

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