Domingo, 27 de Abril de 2025 -

SECOR Repudia Novo Aumento da Taxa de Juros e Seus Efeitos Prejudiciais à Classe Trabalhadora

Publicado em: 21/03/2025

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Osasco e Região (SECOR) manifesta seu veemente repúdio à mais recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros (Selic) de 13,25% para 14,25%, com expectativa de que chegue a 15% até o final deste ano. Esse movimento ocorre em um cenário onde o Brasil já detém a maior taxa de juros do mundo, o que coloca a classe trabalhadora em uma situação ainda mais vulnerável.

Essa elevação, apoiada pelo Banco Central, é vista como uma ação que beneficia apenas uma minoria do país — os banqueiros, agiotas e rentistas — enquanto penaliza os trabalhadores, que já enfrentam uma realidade de altos custos de vida, inflação persistente e escassez de investimentos produtivos. O SECOR, juntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), denuncia que essa medida prejudica o desenvolvimento do Brasil e, ao invés de estimular o crescimento econômico, vai na contramão de uma recuperação justa para todos.

O Impacto sobre a Economia e a Classe Trabalhadora

O aumento da Selic visa, segundo o Banco Central, controlar a inflação. No entanto, como afirmam a CUT e o SECOR, a inflação no Brasil não é um reflexo de um excesso de demanda, mas sim de fatores como a volatilidade nos preços internacionais, a especulação no mercado de commodities e a alta nos combustíveis. Isso significa que a alta dos juros não ataca as causas reais da inflação, mas sim uma falsa solução que desacelera ainda mais a economia.

Para o dirigente Edson Bertoldo, da CUT São Paulo, “a alta dos juros só agrava a situação, prejudicando o investimento na economia e dificultando a geração de empregos e a criação de renda”. Ele afirma que essa política beneficia o setor financeiro, que lucra com os altos juros, enquanto as famílias brasileiras pagam o preço da estagnação econômica.

Além disso, a elevação dos juros resulta em um aumento significativo no custo do serviço da dívida pública, o que limita a capacidade do governo de investir em áreas essenciais, como infraestrutura e políticas sociais. Isso impede a implementação de medidas que poderiam melhorar a qualidade de vida da população e fomentar o crescimento econômico sustentável.

A Luta pela Redução da Taxa de Juros

O SECOR reforça que a continuidade da elevação da taxa de juros não apenas prejudica a classe trabalhadora, mas também impede que o Brasil volte a se desenvolver de forma justa e equilibrada. A redução da taxa Selic deve ser uma prioridade, não como um simples alívio temporário, mas como parte de um projeto de desenvolvimento que garanta mais emprego, melhores condições de trabalho, aumento da renda e mais dignidade para todos.

A CUT e suas entidades filiadas, incluindo o SECOR, seguem firmes na luta por uma economia mais justa e inclusiva, onde as decisões econômicas atendam, de fato, aos interesses da maioria da população e não de uma elite rentista. A batalha pela redução da taxa de juros e pelo fim da autonomia do Banco Central continua sendo um dos principais pilares dessa luta.

A classe trabalhadora não aceitará mais ser penalizada por políticas que, em vez de combater as causas reais da inflação, favorecem uma minoria à custa do sofrimento do povo brasileiro. A luta é constante, e o SECOR segue mobilizado em defesa dos direitos dos trabalhadores e por um Brasil mais justo.

LEIA TAMBÉM

Nota de Pesar pelo Papa Francisco

É com profundo pesar que o SECOR recebeu a notícia do falecimento do Papa [...]
LEIA MAIS