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SP registra atos em mais de 70 cidades; na Av. Paulista, 50 mil manifestam

Publicado em: 17/06/2019
 JESUS CARLOS/CUT-SP

A Greve Geral convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais tiveram a adesão de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro neste 14 de junho. A paralisação foi uma resposta contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e os retrocessos na educação. Mas além de cruzar os braços em suas atividades, os manifestantes também foram às ruas protestar.

Por todo o estado de São Paulo, ao longo do dia, foram registradas atividades em mais de 70 cidades. A CUT-SP, suas subsedes e sindicatos filiados participaram das mobilizações nas ruas, portas de fábricas e pontos de grande circulação, ajudando a ecoar o recado dos brasileiros de que não aceitam retrocessos no direito à aposentadoria.

Os primeiros atos ocorreram ainda na madrugada, na USP, zona oeste de São Paulo. Por volta das 5h30, estudantes e professores começaram a se reunir em frente ao portão principal da universidade. Na capital, também tiveram ações pela manhã na zona sul, leste, norte e centro. O mesmo se repetiu por todo o estado. Em diferentes pontos e horários, as pessoas fizeram questão de demonstrar descontentamento sobre os rumos.

No litoral paulista, atos ocorreram em Santos, Peruíbe e em Ubatuba.

Na Grande São Paulo, tiveram atos em Osasco, Guarulhos, Itapevi, Poá e Taboão da Serra. O ABC Paulista registrou atos em São Bernardo do Campo, Diadema e Mauá.

No interior, houve em Sorocaba, em Jundiaí, no Vale do Paraíba, Vale do Ribeira, Presidente Prudente, Tarabai, Mirante do Paranapanema, Marília, Caçapava, Registro, Matão, Barretos, Catanduva, Pindamonhangaba, Mogi Mirim, São Carlos, Itapeva, Bauru, Ourinhos, Limeira e outras diversas localidades.

Campinas realizou duas atividades, uma pela manhã e outra no início da noite. Ambas no Largo do Rosário – Marielle Franco, no centro da cidade.

Roberto Parizotti/CUT

ROBERTO PARIZOTTI/CUT

50 mil na Avenida Paulista
Na Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), 50 mil pessoas se reuniram contra a reforma da Previdência. O ato teve apoio da CUT e de diversas centrais sindicais, além do sindicato dos professores de São Paulo, saúde e metalúrgicos, e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

No ato, o presidente da CUT, Vagner Freitas, agradeceu a população, aos estudantes e professores e professoras, aos ex-candidatos do PT à eleição presidencial Fernando Haddad e do PSOL Guilherme Boulos e à presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, que também participaram da manifestação.

Segundo ele, o Brasil e a CUT deram um recado a Bolsonaro e ao ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, de que são contra a reforma da Previdência proposta pelo seu governo, são contra a capitalização e querem empregos.

“O relatório [de Samuel Moreira] é ruim. Não concordamos. Ele é melhor que a reforma do Bolsonaro, mas também retira direitos, portanto, não vamos arrefecer a luta só porque tiraram a capitalização e outras medidas. A CUT vai continuar organizando greves até derrubar totalmente esta reforma”.

Vagner criticou ainda a falta de uma política econômica que gere emprego e renda. Segundo ele, o país está parado e inerte, enquanto o governo se esconde atrás da aposentadoria do pensionista para resolver a crise econômica.

Dino Santos

DINO SANTOS

“Crise se resolve com reforma tributária, com política de crescimento, fiscal e cambial, e não entregar o Brasil aos interesses internacionais. Nós também só sairemos das ruas quando Lula estiver livre. Essas são as nossas propostas e não vamos aceitar nenhuma reforma e faremos outras greves”, afirmou Freitas.

Presidente da CUT-SP, Douglas Izzo lembrou que a saída às ruas nesta sexta também era contra os cortes na educação promovidos pelo governo, prejudicando o futuro de muitos jovens e comprometendo muitas pesquisas em andamento, inclusive em áreas como saúde, ciência e desenvolvimento tecnológico. “Além dos trabalhadores, a juventude veio aqui dar o seu recado ao governo, dizendo que não aceita retrocessos. E seguiremos juntos nessa luta”, disse. 

Fonte: CUT-SP

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