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17º dia: mais de 60% dos petroleiros de áreas operacionais aderem à greve

Publicado em: 17/02/2020

Em greve desde primeiro de fevereiro, os petroleiros e as petroleiras intensificam a pressão para que a direção da Petrobras suspenda as demissões dos trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), de Araucária, no Paraná.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também quer que a petroleira abra imediatamente um processo de negociação que cumpra de fato o que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em relação a questões como regimes de turno, jornadas de trabalho, Assistência Médica de Saúde (AMS), bem como o cumprimento das novas regras para o pagamento da PLR.

O SECOR é solidário a esta greve!

Nesta segunda-feira (17), o balanço da greve registra 121 unidades do Sistema Petrobras paradas e 64% dos efetivos operacionais da estatal e subsidiárias, em 13 estados do país, de braços cruzados. Dos cerca de 33 mil trabalhadores nas áreas operacionais, 21 mil estão parados.

Entre as unidades paradas estão 58 plataformas, 24 terminais, outras 15 áreas operacionais e todo o parque de refino da empresa: 11 refinarias, SIX (usina de xisto), Lubnor (Lubrificantes do Nordeste), AIG (Guamaré).

Na Bacia do Solimões, onde estão localizados os campos de produção terrestre na região de Urucu, os petroleiros aderiram à greve e se somaram à greve na noite de domingo. Ao desembarcarem no aeroporto de Manaus, foram recebidos aos gritos de “não estamos à venda”.

A Bacia do Solimões é a terceira maior produtora de gás natural do Brasil, ficando atrás apenas de dois campos do pré-sal (Lula e Búzios). Os campos de Urucu produzem cerca de 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia, segundo relatório da Petrobrás, em dezembro de 2019.

Em São Paulo, os trabalhadores da Termelétrica Nova Piratininga se somaram ao movimento, aumentando para 8 o número de usinas na greve, o que equivale a um terço de todo o parque termoelétrico da Petrobrás.

No final de semana, mais uma plataforma do Norte Fluminense também aderiu à greve, que já se estendeu por toda a Bacia de Campos. Até o momento, 36 das 39 plataformas da região tiveram a operação entregue às equipes de contingência da Petrobrás.

Assista ao vídeo e entenda o motivo da greve dos Petroleiros!

Ocupações, vigília e marcha em apoio à greve

No edifício sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, a Comissão Permanente de Negociação da FUP já está há 18 dias em uma sala do quarto andar do prédio, cobrando um canal de diálogo com a gestão, na busca do atendimento das reivindicações da categoria.

Do lado de fora do prédio, na Avenida Chile, a Vigília Resistência Petroleira vem arregimentando apoios e participação ativa de diversas outras categorias, organizações populares, estudantes e movimentos sociais, na construção de uma ampla frente de luta em defesa da Petrobras e contra as privatizações. 

Em Araucária, petroleiros e petroquímicos da Fafen-PR e suas famílias seguem acampados há 28 dias em frente à fábrica, resistindo ao fechamento da unidade e lutando para reverter as demissões anunciadas pela Petrobrás e que já tiveram início no último dia 14.

A greve dos petroleiros já ultrapassou a categoria e cresce diariamente em apoio da sociedade, com movimentos solidários e de luta por todo o país.

Nesta terça-feira (18), uma grande marcha nacional em defesa do emprego, da Petrobrás e do Brasil será realizada no Rio de Janeiro, com a participação de caravanas de trabalhadores de vários estados. A concentração será a partir das 16h, em frente à sede da Petrobrás, onde está instalada a Vigília Resistência Petroleira.

Quadro nacional da greve – 17/02

58 plataformas

11 refinarias

24 terminais

8 campos terrestres

8 termelétricas

3 UTGs 

1 usina de biocombustível

1 fábrica de fertilizantes

1 fábrica de lubrificantes

1 usina de processamento de xisto

2 unidades industriais

3 bases administrativas

A greve em cada estado:

Amazonas

Campo de Produção de Urucu

Termelétrica de Jaraqui

Termelétrica de Tambaqui

Terminal de Coari (TACoari)

Refinaria de Manaus (Reman)

Ceará

Plataformas – 09

Terminal de Mucuripe

Temelétrica Termo Ceará

Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor)

Rio Grande do Norte

Plataformas – PUB-2 e PUB-3

Ativo Industrial de Guamaré (AIG)

Base 34 e Alto do Rodrigues – mobilizações parciais

Pernambuco

Refinaria Abreu e Lima (Rnest)

Terminal Aquaviário de Suape

Bahia

Terminal de Camaçari

Terminal de Candeias

Terminal de Catu

UO-BA – 07 áreas de produção terrestre

Refinaria Landulpho Alves (Rlam)

Terminal Madre de Deus

Usina de Biocombustíveis de Candeias (PBIO)

Espírito Santo

Plataformas: FPSO-57 e FPSO-58

Terminal Aquaviário de Barra do Riacho (TABR)

Terminal Aquaviário de Vitória (TEVIT)

Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC)

Sede administrativa da Base 61

Minas Gerais

Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité)

Refinaria Gabriel Passos (Regap)

Rio de Janeiro

Plataformas – PNA1, PPM1, PNA2, PCE1, PGP1, PCH1, PCH2, P07, P08, P09, P12, P15, P18, P19, P20, P25, P26, P31, P32, P33, P35, P37, P40, P43, P47, P48, P50, P51, P52, P53, P54, P55, P56, P61, P62, P63, P74, P76, P77

Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB)

Terminal de Campos Elíseos (Tecam)

Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB)

Refinaria Duque de Caxias (Reduc)

Terminal Aquaviário da Bahia da Guanabara (TABG)

Terminal da Bahia de Ilha Grande (TEBIG)

Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)

São Paulo

Termelétrica Nova Piratininga

Terminal de São Caetano do Sul

Terminal de Guararema

Terminal de Barueri

Refinaria de Paulínia (Replan)

Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap)

Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap)

Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC)

Plataformas – PMXL1, P66, P67, P68 e P69

Terminal de Alemoa

Terminal de São Sebastiao

Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA)

Termelétrica Cubatão (UTE Euzébio Rocha)

Torre Valongo – base administrativa da Petrobras em Santos

Terminal de Pilões

Mato Grosso do Sul

Termelétrica de Três Lagoas (UTE Luiz Carlos Prestes)

Paraná

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)

Unidade de Industrialização do Xisto (SIX)

Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa)

Terminal de Paranaguá (Tepar)

Santa Catarina

Terminal de Biguaçu (TEGUAÇU)

Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ)

Terminal de Guaramirim (Temirim)

Terminal de São Francisco do Sul (Tefran)

Base administrativa de Joinville (Ediville)

Rio Grande do Sul

Refinaria Alberto Pasqualini (Refap)

[FUP, com edição Secom da CUT Nacional]

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