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Arraiá no Brás reúne comunidade em festa pela democracia

Publicado em: 26/07/2016
Roberto Parizotti

Roberto Parizotti

O som da sanfona, a comida caipira e o quentão do Arraiá da Democracia, junto com brincadeiras e dança de quadrilha, aqueceram a noite dessa sexta-feira (22) no Brás, bairro tradicional do centro da capital paulista.

Construída por sindicatos, igrejas, associações de bairro, comerciantes e moradores locais, a festa ocorreu na Rua Caetano Pinto, em frente à sede da Central Única dos Trabalhadores, uma das organizadoras do evento.

Quermesses são tradicionais nos meses de junho e julho, mas nenhuma com tema mais assertivo do que este de 2016: a democracia! É desta forma que a CUT tem ampliado as suas parcerias com a comunidade, construindo atividades conjuntas para reavivar o bairro, ao passo que faz referência ao atual momento político brasileiro.

O Arraiá fez com que as pessoas se encontrassem, se conhecessem e conversassem sobre suas vidas e a realidade do país, afirmou o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo. “É uma festa que reforça a importância da democracia, já que estamos à beira de um golpe Legislativo, levando em conta que a presidenta Dilma (Rousseff) não cometeu nenhum crime de responsabilidade, ao contrário do governo interino de Michel Temer, com ministros que já caíram e sobre quem recaem denúncias gravíssimas”, disse o dirigente.

Izzo também lembrou que outras atividades estão previstas e que o valor arrecadado no Arraiá será agora destinado à Festa das Crianças, que deve ocorrer em outubro no Brás.

Morador do bairro há 15 anos e dono de um café e de uma pequena fábrica de bolo na rua em que ocorreu o Arraiá, Josinaldo Pereira da Silva, garantiu que continuará apoiando iniciativas como esta. “Essa festa é um incentivo para trazer alegria à comunidade”.

Ao falar sobre o tema democracia ele não titubeou. “Temos esperança de que o Brasil irá melhorar. Arrancaram a Dilma da presidência e isso não foi bom para o país. Por que não deixaram governar até o fim, né? Eu e minha família viemos da Paraíba e somos testemunhas do que ela e Lula fizeram de bom para o Nordeste. Minha mãe anda muito revoltada por terem tirado a primeira mulher eleita no Brasil, ainda mais desta forma e eu ando muito preocupado com que o Temer pode fazer daqui pra frente”, relatou o comerciante que vive com a esposa e dois filhos.

Presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, acredita que é preciso existir respeito ao contraditório. “Estamos fazendo um Arraiá da Democracia esperando que no Brasil haja mesmo respeito pelas pessoas, pelos direitos humanos, pelos direitos trabalhistas e individuais e que não haja ódio. Que a gente consiga conviver numa sociedade democrática em que os que pensam diferente convivam no mesmo espaço e que não tenhamos retrocessos no Brasil, como está acontecendo hoje com este golpe sórdido”, reforçou.

O Arraiá reuniu movimentos sociais do campo e da cidade e diferentes públicos, mulheres, crianças e idosos, coletivos, ramos e categorias cutistas de trabalhadores. A festa também contou com a participação do ex-senador Eduardo Suplicy, do prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, do secretário municipal do Trabalho de São Paulo, Artur Henrique Santos, da secretária municipal de Políticas para as Mulheres de São Paulo, Denise Motta Dau, do ex-deputado estadual, Luiz Claudio Marcolino e da vereadora por São Paulo, Juliana Cardoso.

 

Fonte: CUT São Paulo

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