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Bagunça de Alckmin na rede estadual de ensino é um ataque a toda a sociedade

Publicado em: 20/10/2015

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No início deste ano o governo estadual do PSDB fechou mais de 3.390 classes nas escolas estaduais, segundo levantamento da APEOESP. Superlotou salas de aula, cortou verbas, deixando as escolas até sem papel higiênico. Os professores estaduais fizeram uma greve de 92 dias contra esses ataques e por valorização salarial. O principal ponto da pauta é a aplicação escalonada da meta 17 do Plano Nacional de Educação, que determina que seus salários devem ser iguais à média dos demais profissionais com formação de nível superior. O governador não negociou, cortou os salários dos grevistas e prometeu que iria anunciar um reajuste salarial no dia 1º de julho.

Geraldo Alckmin não apenas não anunciou nenhum reajuste, como continuou piorando as condições de trabalho dos professores e de aprendizagem dos estudantes. A APEOESP manteve sua luta e obrigou o governo a pagar todos os dias parados, por decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowsky.

Iniciou também um movimento com estudantes, pais e entidades da sociedade civil organizada, entre elas a CUT/SP, MST, MTST, FUP, CMP, UNMM, UPES, UMES/SP e outras: o Grito Pela Educação Pública de Qualidade no Estado de São Paulo. Este movimento já enfrenta seu primeiro desafio: barrar a bagunça que o governo do PSDB está fazendo nas escolas estaduais, que está chamando de “reorganização”. Ele decidiu separar em prédios diferentes escolas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, do sexto ao nono e do ensino médio.

Como consequência, escolas serão fechadas, salas superlotadas, crianças estudarão longe de suas casas e estarão sujeitos a riscos no trajeto, professores ficarão desempregados e adidos (“encostados”) e os que ficarem terão que pular de uma escola para outra para compor suas jornadas de trabalho. Um levantamento parcial da APEOESP indica até o momento 163 escolas a serem fechadas.

O governo do Estado não está preocupado com a qualidade do ensino, como alega. Quer reduzir custos, racionalizar, aplicar sua concepção de Estado Mínimo na educação. Professores, pais e estudantes estão revoltados com essa medida e precisam do apoio de todos. Manifestações se sucedem todos os dias nas ruas das cidades de todo o estado de São Paulo e nós, trabalhadores, que temos nossos filhos estudando na escola pública, devemos nos juntar a essa mobilização.

Conclamo todas as subsedes da CUT/SP, os sindicatos filiados e todos os trabalhadores a participarem deste movimento. Procurem as 93 subsedes da APEOESP em todas as regiões, integrem-se a essa luta. No próximo período haverá duas importantes atividades centralizadas:

No dia 20/10, às 15 horas, será realizado um ato público na Praça da República, em São Paulo, com a participação de professores, pais, estudantes e demais segmentos sociais. E, no dia 29/10, às 15 horas, assembleia dos professores, seguida de manifestação do Grito em Defesa da Escola Pública de Qualidade no Estado de São Paulo, às 17 horas, ambas no Vão Livre do MASP, Avenida Paulista, São Paulo.

Escola pública de qualidade é direito constitucional de todos e todas. Vá à escola de seu filho, informe-se e participe. Essa luta é nossa!

Fonte: Douglas Martins Izzo, presidente da CUT/SP

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