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Na terça-feira (25), o coletivo de comunicação se reuniu pela primeira vez na subsede da Contracs/CUT, em São Paulo. A reunião teve como objetivo avaliar as decisões tomadas durante o I Encontro Nacional de Comunicação que ocorreu no ano passado.
Estiveram presentes o Secretário de comunicação da Contracs, Alexandre da Conceição do Carmo; Antônio Ademir, do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga; Luiz Trindade, do Semapi; Antônio de Pádua, do Sindiserviços-DF; Francisco Luis Neto, da Fetrace; Carlos Alberto de Sousa, do SEC Osasco e Região. Além da participação de Vito Giannotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação.
Giannotti iniciou sua apresentação abordando a importância da comunicação para o movimento sindical e lembrou que o modo como se comunica é a questão primordial para nós. Também fez um resgate histórico da classe trabalhadora e dos meios de comunicação no país. Com o surgimento do rádio em 1920, a população passa a receber mais informação, já que grande parte do país era analfabeta. Após o período em que o rádio esteve em seu auge, veio a TV.
Esta chegou em 1951, mas não teve sucesso nenhum. E foi apenas em 1960 que começou a ser difundida com o golpe de 1964, pois a ditadura precisava de um canal e de um difusor de ideias e com isso surgiu a Rede Globo com a parceria Time-Life e Globo.
O palestrante lembrou a relação da explicita Globo com a ditadura, ao resgatar o dia 25 de janeiro de 1985. “Houve a Diretas Já e a Rede Globo não transmitiu o evento, que estava sendo transmitido por todas as outras emissoras. E quando ela percebeu que não teria como não noticiar um fato como este, eles transmitiram o evento como uma festa de aniversário de São Paulo”, ele disse.
Depois do resgate histórico Giannotti reforçou a necessidade do movimento sindical saber se comunicar com os trabalhadores. Segundo ele, todos os meios devem ser utilizados a nosso favor, desde a imprensa e seu material impresso até as ferramentas mais modernas da internet. Informar é ganhar e convencer e não impor a ideia como faz a imprensa e a direita e para impor a ideia ele transmite a mesma ideia mil vezes através da imprensa, rádio, TV, etc.
“A disputa da hegemonia tem que ser feita todos os dias. Nós temos que fazer todo dia. Nossa comunicação sindical tem que ser feita todo dia. Usar todas as armas: do velho jornal a internet. E tem que mexer sempre mais na internet. O rádio é muito importante e ainda é o maior veículo”, ele ressaltou.
No Brasil, nem 3% dos brasileiros lê, segundo pesquisa apresentada por ele. Neste sentido, Vito destacou que as palavras devem ser simples e de fácil entendimento a todos desde a empregada doméstica até o empresário. Por isso, é também preciso tomar cuidado com as palavras que são usadas.
Ele também afirmou que a política vigente atualmente é o neoliberalismo, onde se paga pela educação, saúde, transporte privado, onde todos pagam pelas coisas e que o Estado oferece o serviço gratuito se pode financiar o privado ou incentivá-lo. Ressaltou que a ideia central e o valor ideológico do neoliberalismo é o individualismo. “Hoje em dia é muito mais difícil puxar o trabalhador para o coletivo e para a luta. Precisamos de uma comunicação intensiva, comunicativa”, afirmou.
Após a conversa com Vito, traçou o planejamento do coletivo de comunicação a partir das demandas tiradas no Encontro de Comunicação da Contracs. Durante o planejamento, o presidente da Contracs, Alci Matos Araujo veio saudar o coletivo. Ele destacou que a comunicação é um importante tema. Relatou ter sido por dois mandatos secretário de comunicação de sua entidade de base, o Sindicomerciários-ES, quando também tinha anseio pelo feedback pelo material que publicava e enviava para a base.
Destacou que hoje a Contracs tem motivado o funcionamento dos coletivos para conseguir dar conta de mais assuntos e diversos cenários, por isso, os presentes são tão importantes, “todos os sindicatos que aqui estão tem capacidade de fazer porque são potências. Nosso projeto é fazer transformação e é o viés que queremos. Levar a comunicação para a tese do nosso congresso é motivador. Os eixos que saírem daqui devem ser motivadores”, ressaltou.
Os problemas que já haviam sido apontados durante o I Encontro Nacional foram a falta de decisão política; falta de reconhecimento da importância da comunicação; falta de priorização da comunicação; necessidade de conhecer as ferramentas de comunicação e a falta de projeto e organização para comunicação.
A partir destes, algumas ações para o período foram definidas. Obter informação e conhecimento sobre a importância da comunicação; conhecer e sensibilizar o problema junto à direção; promover o envolvimento da direção; oficinas de formação e a o organização estrutural do coletivo.
Nos informes, Alexandre relatou que a Contracs conseguiu atingir a meta de indicar 10 entidades para o processo eleitoral do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), o órgão que planeja, executa, pesquisa e implanta inovações tecnológicas na área da internet brasileira. Ainda neste ponto dos informes, a Contracs informou que o processo eleitoral deve se encerrar em abril, com a indicação do nome sugerido pela CUT Nacional.
Outro lamentável informe se diz respeito ao abaixo-assinado da comunicação, que até o momento não teve nenhum retorno das entidades. A Contracs lembrou que foi assumido durante o I Encontro de Comunicação o compromisso da entrega de 1 mil assinaturas por entidade sindical, mas até hoje mais de 6 meses depois, a Contracs não recebeu nenhum abaixo assinado. Neste sentido, a Contracs pediu mais empenho das entidades integrantes do coletivo e de fomentar entre as entidades próximas.
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