SECOR fortalece laços com Embu das Artes em visita à liderança local Rosangela Santos
Na última quinta-feira (31), uma comitiva do Sindicato dos Comerciários d [...]
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A massa de rendimentos dos 2012 com resultados superiores a igual período do ano passado. O varejo, de janeiro a junho de 2012, cresceu 9,1%, enquanto em 2011, nos mesmos meses, o aumento havia sido de 7,3%.
As duas principais determinantes do setor, renda e crédito, continuam crescendo. O número de ocupados, na região metropolitana de São Paulo, teve acréscimo real de 2,5%. O aumento do salário mínimo, os reajustes dos pisos, os programas de transferências de renda e o crescimento do volume de crédito continuam contribuindo para vigorosos resultados do setor.
Segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC-IBGE), o setor vendeu, no primeiro semestre de 2012, 9,1% a mais do que em igual período de 2011. No acumulado de 12 meses, o volume de vendas cresceu 7,5%.
Na análise setorial, os dados apontam crescimento nos 11 segmentos pesquisados pelo IBGE, no primeiro semestre e no período de 12 meses. Destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com alta de 17,9%, no primeiro semestre, e de 20,9%, nos 12 meses; móveis e eletrodomésticos; artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos e; hiper e supermercados, segmento de maior peso no varejo.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), o percentual de famílias com dívidas registrou queda, passando de 64,1%, em junho de 2011, para 57,3%, em junho de 2012.
No que se refere ao percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso (23,2%), o índice recuou em junho de 2012 em relação a maio (23,6%), após quatro meses consecutivos de alta. O índice também está em patamares inferiores ao observado em junho de 2011, quando o cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 74,8% das famílias endividadas, seguido pelos carnês (19,7%) e o crédito pessoal (10,4%).
Ainda segundo a PEIC/CNC, embora tenha havido aumento do percentual de famílias endividadas de maio para junho, essa variação foi modesta. Apesar das políticas de crédito e aquisição de bens duráveis, as famílias têm demonstrado cautela em relação ao comprometimento de novas dívidas.
Considerando que os índices de endividamento e inadimplência ficaram abaixo daqueles verificados no ano passado, e, principalmente, o nível moderado dos últimos meses, não é possível afirmar que o cenário de inadimplência esteja comprometido para o futuro.
Ao mesmo tempo, a queda das taxas de desemprego e a redução das taxas juros contribuem para o controle das dívidas, não sinalizando um cenário preocupante no segundo semestre. Apesar da redução, as taxas de juros para pessoa física (consumidor) continuam em patamares elevadíssimos. Segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), por exemplo, em junho de 2012, a taxa de juros no comércio foi de 4,72% e no ano atingiu o patamar de 74,5%. Já no cartão de crédito, a taxa mensal foi de 10,69%, enquanto a anualizada ficou em 238,30%.
Com o aumento da importância do crédito na economia brasileira, em especial do crédito ao consumidor, o acompanhamento desses indicadores é essencial para avaliar a capacidade de endividamento e de consumo futuro das famílias, levando em conta o comprometimento da renda com dívidas e a percepção em relação à capacidade de pagamento.
O comércio na região gerou em 12 meses (julho/11 a junho/12), 5800 vagas de empregos com carteira de trabalho assinada, aproximadamente, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados(Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, os resultados do mercado de trabalho seguem bastante positivos.
Mais uma vez, Barueri e Osasco, continuaram a se destacar na criação de vagas devido à dinâmica de mercado de trabalho da região e vinda de novos Shoppings. Vale dizer que nenhuma das outras cidades demitiu mais que contratou. Itapevi, segundo associação comercial, demonstrou melhores oportunidades de negócio, e grande crescimento em seu centro comercial. Já a cidade de Carapicuiba, expandiu o comércio nos seus bairros. Enquanto as cidades de Jandira e Taboão da Serra evidenciaram maior crescimento no setor de distribuição e logística.
O comércio foi o segundo maior gerador de vagas, com 25,4% do total, ficando somente atrás do setor de serviços (59,5%). Em terceiro lugar, vem a construção civil (13,6%), seguida pela indústria (5,8%).
Acreditamos na possibilidade de criação vagas com registro em carteira na região (Osasco, Barueri, Carapicuiba, Jandira, Taboão da Serra e Embu das Artes) de um número entre 1400 e 1500 novas vagas, para os próximos meses do ano de 2012, onde a sazonalidade das vendas de fim de ano,levam o setor patronal a abrir postos de emprego, sem contar com a informalidade do setor que se fizermos um recorte dos meses entre setembro à janeiro, aumenta para 12% do total de postos de trabalho.
Isto é, a cada quatro novas contratações no comércio varejista, apenas um trabalhador terá seu registro em carteira efetivado imediatamente. O restante dos trabalhadores, contratados de modo informal, geralmente recebem o salário apenas sobre a comissão de suas vendas e se não vender nada, não recebe nada. Hoje a garantia de salário do vendedor por comissões é de R$ 1.100,00 e muitas lojas ampliam seu quadro de trabalhadores para atender a demanda em dezembro, e não pagam esta ou as demais garantias, o que gera um forte aumento dos passivos trabalhistas no final de janeiro.
No entanto, devido à elevada rotatividade do setor, os admitidos têm recebido 95% do salário dos desligados ou seja, o novo contratado no comércio entra ganhando, em média, 5% a menos que o trabalhador desligado. Nesse contexto, os ganhos das campanhas salariais, em boa parte, acabam corroídos, pois as empresas utilizam o expediente da rotatividade para achatar salários.
A análise do desempenho das vendas e do comportamento do emprego em 2012 revelou os expressivos resultados do comércio. Os indicadores mostram vigor da atividade no período, tendência já verificada anteriormente. Contudo, esses bons resultados não refletiram melhoras nas condições de trabalho da categoria. Os rendimentos dos trabalhadores continuam baixos, situação agravada pela alta rotatividade. Além disso, permanecem desafios históricos e estruturais, como a elevada jornada e a informalidade. Aspectos que trazem dificuldades ao processo de organização sindical dos trabalhadores e têm impactos negativos sobre avanços e conquistas dos comerciários.
Para os próximos meses deste ano, o setor patronal do Comércio Lojista estima crescimento de 8% no varejo.
Luciano Rodrigues – Diretor do SECOR/CUT
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