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Desemprego no Brasil fica em 7,1% no primeiro trimestre, pela Pnad Contínua

Publicado em: 03/06/2014
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Nos três primeiros meses deste ano, a taxa de desemprego do país está em 7,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira pelo IBGE. O índice é menor em relação ao mesmo período de 2013, quando o desemprego medido pela pesquisa havia sido de 8%. No entanto, é maior que o apurado no quarto trimestre do ano passado, cuja taxa ficou em 6,2%. Pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), a desocupação acumulada no trimestre ficou em 5%, o melhor resultado trimestral desde o início da série.

A pesquisa também mostrou que a população desocupada ficou em 7 milhões, enquanto os ocupados somavam 91,2% milhões. Entre os empregados no setor privado, 77,7% tinham carteira assinada, um avanço de 1,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2013.

DIVULGAÇÃO É A PRIMEIRA APÓS CRISE

A Pnad Contínua, que acompanha o mercado de trabalho brasileiro, teve sua interrupção anunciada no início de abril, o que detonou uma crise no IBGE que resultou na saída de duas diretoras e a revolta de técnicos. O instituto anunciou sua decisão de voltar atrás na suspensão da pesquisa até o ano que vem, mas não pôs fim à crise. A greve de funcionários entra em sua segunda semana. Durante a divulgação dos resultados, alguns servidores em paralisação compareceram ao IBGE.

A principal diferença entre a PME e a Pnad Contínua é a abrangência da pesquisa. A PME acompanha o mercado de trabalho nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras. Já a Pnad Contínua dá um retrato mais amplo e levanta dados de 3.464 municípios.

Até então, os dados nacionais a respeito de mercado de trabalho só eram pesquisados uma vez ao ano, pela Pnad antiga, e a divulgação ocorria com um ano de defasagem. A abrangência também era menor: 1.100 municípios.

Os dados do último Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o mês de abril fizeram com que especialistas vissem uma deterioração do mercado de trabalho. A indústria de transformação cortou 3,4 mil postos, em um período em que deveria contratar. Os dados do Caged mostram que a criação de vagas com carteira assinada foi de 105.384 no quarto mês do ano, queda de 46,5% em relação ao mesmo período do ano passado e o pior resultado para abril desde 1999.

Fonte: O Globo – Clarice Spitz

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