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Falta de escolaridade é principal causa do desemprego entre jovens

Publicado em: 18/12/2014
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Jovens com educação superior possuem mais chances de conseguir um emprego com condições decentes em países em desenvolvimento. É o que aponta estudo lançado nesta quinta-feira, 15, pela Organização Internacional do Trabalho.

A educação é a solução para o trabalho decente para jovens em economias em desenvolvimento? foi um estudo conduzido entre 2012 e 2013 em 28 países a partir de resultados de pesquisas sobre a transição da fase escolar para o trabalho. O principal apontamento foi que jovens que possuem níveis mais altos de educação conseguem ter alguma segurança em encontrar um trabalho formal.

O estudo tomou como referência de classificação o produto interno bruto per capita anual. Assim, foram classificados como países com baixa remuneração o que apresentavam este índice igual ou inferior a US$ 1.035 por ano por pessoa; de renda baixa para média os com índice de US$ 1.036 a US$ 4.085; de renda média para alta os com índice de US$ 4.086 a US$ 12.615; e os de renda alta os países com PIB per capita anual de US$ 12.616 ou mais. Na faixa dos países de renda baixa e média estão as economias em desenvolvimento.

Em média, 83% dos jovens que com ensino médio ou níveis mais altos de ensino estavam em empregos não vulneráveis nos 27 dos 28 países analisados. Nos países onde os salários são mais baixos, 75% dos trabalhadores jovens com diploma universitário afirmaram ter conseguido um emprego com remuneração.

O estudo também aponta que concluir apenas o ensino médio não é suficiente para garantir melhores posições no mercado nos países de baixa remuneração. Em cada dez jovens com ensino médio completo, apenas quatro conseguem empregos não vulneráveis. A média nos países com remuneração mais elevada é de sete em cada dez.

Um dos pontos destacados é que, nos países de baixa renda, um em cada quatro jovens não possui educação alguma. E, em alguns países, a porção de jovens sem estudos chega à metade da população nessa faixa etária. “É claro que insistência em se colocar jovens sem educação e sem qualificação no mercado é uma situação ruim tanto para os jovens, que permanecem direcionados aos empregos mais vulneráveis, quanto para a economia, que pouco ganha em termos de aumentar seu potencial de produtividade laboral”, afirma o autor do estudo, Theo Sparreboom.

Diferenças extremas
A diferença de capacitação se mantém em dois extremos quando comparados os países de baixa e de alta renda. Em economias avançadas, o problema permanece na educação acima da média e na dificuldade desses países absorverem jovens com altos níveis de educação. A consequência são jovens qualificados demais para os postos que ocupam. No outro extremo, nos países com as menores rendas, a preocupação permanece nos jovens subqualificados, aos quais não sobra outra opção que não a de aceitar empregos vulneráveis na economia informal.

A falta de educação e de qualificação para o mercado é influenciada prioritariamente pela pobreza. Segundo o estudo, nos países mais pobres, os jovens abandonam os estudos porque não possuem condições financeiras de estudar e, ao mesmo tempo, ajudar financeiramente suas famílias. Dessa forma, a falta de educação perpetua a pobreza ao longo das gerações, uma vez que os trabalhadores subqualificados recebem salários menores e são incapazes de financiar o estudo dos próprios filhos.

Para o estudo, foram analisados dados sobre juventude e o mercado de trabalho em Bangladesh, Camboja, Nepal, Samoa, Vietnã, Armênia, Quirguistão, Macedônia, Moldávia, Rússia, Ucrânia, Brasil, Colômbia, El Salvador, Jamaica, Peru, Egito, Jordânia, Território Palestino, Tunísia, Benin, Libéria, Madagascar, Malaui, Tanzânia, Togo, Uganda e Zâmbia.

Fonte: Reprodução site OIT

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