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Fornecedora da Apple é acusada de violações de segurança e direitos trabalhistas

Publicado em: 08/09/2014
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Faltando poucos dias para o tão aguardado lançamento de novos produtos da Apple, uma de suas mais importantes fornecedoras chinesas está sendo acusada de violar direitos trabalhistas.

Funcionários da fabricante Catcher Technology são rotineiramente expostos a vários riscos de saúde e segurança, bem como a práticas de contratação discriminatória, de acordo com um relatório publicado hoje pelos grupos de defesa Green America e China Labor Watch.

A empresa de Taiwan fabrica cases de alumínio para vários produtos da Apple, incluindo um modelo de iPad novo que deve chegar em 2015. A mesma fabricante também foi acusada de algumas violações parecidas no ano passado.

Desta vez, um investigador trabalhando disfarçado na fábrica documentou práticas de contratação discriminatória, além de violações de segurança em massa.

A fábrica teria dispensado candidatos com tatuagens e maiores de 46 anos de idade; não treinou funcionários sobre os protocolos de segurança; não forneceu equipamentos de proteção para os trabalhadores que manuseiam materiais tóxicos; despejou produtos químicos perigosos diretamente em um rio nas proximidades e alguns trabalhadores ainda podiam fumar em áreas com pó de alumínio inflamável.

Os riscos de incêndio pelo acúmulo de poeira são especialmente preocupantes, dado o fato de que em 2011, acumulação de pó de metal na Foxconn, outra fornecedora da Apple, precipitou uma explosão que matou três trabalhadores e feriu muitos outros.

O relatório da China Labor Watch e Green America observa que a maioria das condições descritas não só viola o Código de Conduta de Fornecedores da Apple, mas também, em alguns casos, o direito trabalhista chinês.

O relatório dá crédito à Apple pela eliminação de dois produtos químicos perigosos que eram usados em várias fábricas de seus fornecedores no mês passado, mas convida a empresa a fazer mais para garantir a segurança dos trabalhadores.

Em resposta, a Apple divulgou um comunicado ao The Washington Post dizendo que tinha enviado imediatamente uma equipe de seus próprios investigadores à fábrica para investigar as violações relatadas.

Fonte: UOL

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