Café da Manhã com os Contadores: Encontro em Prol das Melhores Condições de Trabalho
Na manhã desta segunda-feira (25 de novembro), o SECOR, em parceria com o [...]
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Está tudo pronto para o ‘banho coletivo na casa do Alckmin’ nesta segunda-feira (26), das 10h às 11h. Pelo menos 146 mil pessoas, até as 10h20 deste domingo (25), haviam aceitado, pela internet, o convite feito pela Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor para o evento no Palácio dos Bandeirantes, na avenida Morumbi, 4.500, zona sul, na região mais nobre da capital. Outras 2,3 mil informam que talvez participem. Um número expressivo, levando-se em conta que foram convidados 221 mil banhistas para o ato de protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Independentemente do número de pessoas que efetivamente se reunirão diante do palácio para o merecido banho, o evento já é significativo: são paulistas, moradores no estado, em outras unidades da federação e até mesmo em outros países, que entendem que o governador se omite quanto à responsabilidade sobre a crise hídrica e retarda a tomada de providências além de recorrer ao volume morto das represas e impor multas à população.
Em sua página no Facebook, a Proteste espalha o convite bem-humorado, mas deixa um alerta: “A água está acabando, nossa paciência também”. A página estende o convite para um abaixo-assinado através do site www.proteste.org.br/sobretaxa-agua. “O governador Geraldo Alckmin reluta em declarar oficialmente o racionamento de água em São Paulo. Talvez ele não esteja com problemas de água na casa dele. Então, que tal darmos um pulinho no Palácio dos Bandeirantes, em frente ao 2º portão de visitantes, para tomar uma ducha? Separe seu roupão, toalha e sabão. Vamos aproveitar para lavar toda a roupa suja! Contamos com sua presença nesta luta!”
O texto, igualmente bem-humorado, faz um chamamento para uma questão muito séria: a mais grave crise hídrica da história de São Paulo. Com chuvas insuficientes e ausência de providências para evitar o desabastecimento em todo o estado, o governador há tempos ignora os boletins técnicos que advertem para estiagens, não investe na manutenção dos reservatórios e muito menos em alternativas de abastecimento, como transposição de águas subterrâneas, entre outras disponíveis.
Para piorar, no período eleitoral, não foi transparente quanto ao problema com a sociedade e tampouco procurou educá-la para a necessidade mais que urgente de evitar o desperdício. Porém, bastou tomar posse em seu novo mandato para anunciar a sobretaxa sem admitir publicamente a necessidade de racionamento.
Contrária à sobretaxa enquanto o racionamento não for declarado oficialmente, por meio de decreto publicado no Diário Oficial, a Proteste convida para o banho após perder na Justiça liminar que impedia a cobrança.
“Queremos que o governo fale sobre a situação, as medidas que estão sendo tomadas, que faça campanhas educativas pelo uso racional da água, inclusive para evitar vazamentos. O princípio é a transparência e respeito com o consumidor”, diz a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, que já providenciou carro de som para se fazer ouvida pelo governador.
Conforme ressalta, a Proteste não é contrária à tarifa adicional para desestimular o desperdício numa situação grave como a atual. “Não tem saída, tem de economizar. Agora, o que não dá para aceitar é a falta de transparência, a pessoa chegar em casa depois de um dia de trabalho sem saber se vai ter ou não água para tomar um banho”, diz.
De acordo com Maria Inês, o decreto oficial do racionamento implica transparência, obrigando a Sabesp a dar informações mais completas para o consumidor.
O que Alckmin faz em São Paulo é semelhante ao que fez o ex-presidente FHC (PSDB) no país. Para evitar os apagões durante a crise nacional de energia elétrica de 2001, ele criou um plano emergencial que previa multas, então chamadas de sobretarifa ou sobretaxa para consumidores que ultrapassassem as metas de consumo estabelecidas pelo governo para as regiões do país.
O plano também tinha descontos para quem economizasse energia e avisos a quem ultrapassasse os níveis máximos estipulados, antes de cortar o fornecimento. As regras só passaram a valer, porém, depois de o governo federal oficializar, por meio de medidas provisórias, o programa de racionamento criado pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica.
Enquanto o governador Alckmin vai pedir socorro em Brasília para, finalmente tentar evitar a última gota d´água, outros governadores da Região Sudeste, onde o nível dos reservatórios é baixo, já se mexeram. Luiz Fernando de Souza, o Pezão (PMDB), fez apelo para que a população do Rio de Janeiro economize água, prometendo não aumentar a tarifa.
E o governador mineiro, Fernando Pimentel (PT), anunciou um conjunto de medidas para economia, que inclui combate às perdas que chegam a 40% na região metropolitana de Belo Horizonte, campanha educativa para reduzir o consumo de água em pelo menos 30% na região metropolitana, perfurar poços artesianos e declarar a situação crítica de escassez de recursos hídricos, além de racionamento e outros mecanismos, caso necessário.
Fonte: Rede Brasil Atual
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