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Mesmo que o período chuvoso, de outubro a abril, tenha o volume histórico médio de precipitação, isso não será suficiente para sanar o déficit acumulado nas represas que abastecem a Grande São Paulo e região. Com isso, a crise hídrica pode se intensificar em 2015 no Estado.
“O ano de 2015 pode ser mais preocupante do que este. Se vier o volume esperado, a chuva média, já será complicado. Se vier menos, a situação será crítica”, disse o presidente do Conselho Mundial da Água e professor da Escola Politécnica da USP, Benedito Braga, que participa nesta manhã em São Paulo de evento sobre a crise hídrica. “Se tivermos chuvas normais durante este verão, a situação em abril do ano que vem, quando termina o período chuvoso, talvez seja de reservatórios em 20%, 30%, o que é um quadro extremamente difícil.”
Em sua visão, levará pelo menos dois anos, conciliando as chuvas às medidas de contenção de consumo e de ampliação da oferta, para que a situação dos reservatórios paulistas se regularizem.
Em entrevista ao Valor, publicada nesta terça-feira, Braga diz que parte dos problemas guarda relação com a falta de planejamento de longo prazo, algo que deixou de ser feito no país há 40 anos. Como medida de curto prazo, porém, diz que não há alternativas a não ser reduzir o consumo e “rezar para chover”.
Já para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental de São Paulo (Abes-SP), Alceu Bittencourt, será necessário ao menos um ano até que as condições dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo se regularizem, após o ano crítico que passaram em 2014 e que os derrubou a mínimas históricas de reservas.
“Embora as previsões metereológicas não sejam seguras, as dificuldades devem se prolongar pelo menos pelo próximo ano inteiro, e demanda estratégias de longo prazo”, disse Bittencourt, que também participa do seminário, promovido pela Abes-SP. “Eu acredito que as medidas tomadas até aqui foram muito efetivas. O abastecimento foi mantido mesmo sob condições realmente severas e inéditas de escassez.”
Além das obras de infraestrutura de transposições de trechos de rios e de novas técnicas de extração de água da base dos reservatórios, que demandam prazos mais longos, Bittencourt também destacou a necessidade e a importância de medidas que atinjam diretamente no consumo, como políticas nas tarifas.
“Se havia restrição no período eleitoral , é preciso aprofundar essas políticas e sua comunicação, trazer a população para a discussão”, disse o presidente da Abes-SP. “É preciso reduzir mais o consumo e nós achamos possível fazer isso com política de comunicação, de educação. As pessoas mudam seus hábitos. Não acho que deva ser de feito de forma autocrática.” Uma política sugerida, por exemplo, é o aumento de tarifas para os domicílios que consumam acima de determinada faixa.
Fonte: Por Juliana Elias | Valor
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