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Nossa água: Presidenta da Sabesp admite falta de água em locais altos ou afastados

Publicado em: 10/10/2014
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A presidenta da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, admitiu nessa quarta (8), durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sabesp, na Câmara Municipal, que parte da cidade de São Paulo passa por um contingenciamento de água, pelo menos no período noturno, em função da diminuição da pressão, o que dificulta a água chegar a bairros mais altos ou afastados. “Isso é uma redução da pressão na rede para diminuir as perdas de água. A falta de água depende da reservação que, se é adequada, a família não ficará sem água.”

A CPI da Sabesp foi criada em agosto deste ano para analisar os contratos entre a Sabesp e a prefeitura de São Paulo. Na maior parte do depoimento, a presidenta da companhia foi indagada sobre a crise que se instalou na capital paulista, desde o início do ano, com a falta de chuva e a consequente diminuição diária do nível de água do Sistema Cantareira, colocando em risco o abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo.

Dilma Pena ressaltou que a diminuição da pressão da água não significa racionamento, porque todas as redes estão abertas em tempo integral, e a Sabesp está atendendo a todas reclamações dos consumidores. Segundo ela, áreas irregulares, muito altas, edificações em lotes amplos, com diversos pavimentos e que dividem uma única caixa de água podem ter problemas. Disse ainda que a Sabesp tem tecnologia para gerenciar a crise atual e garantir que toda a população seja abastecida.

“O racionamento é considerado quando se despressuriza 100% as redes de água. Então, uma área da cidade fica sem água efetivamente. Mas isso não acontece na cidade de São Paulo. Todas as áreas atendidas pela Sabesp estão com as redes pressurizadas. Em algumas cidades do estado está sendo praticado o racionamento. Essa é a medida mais simples para se tomar quando existe um evento extremo”, disse.

A presidenta da Sabesp declarou ainda que atualmente a companhia administra a disponibilidade da água para manter toda a população abastecida. Ela argumentou que em muitas localidades, principalmente em áreas extremas da cidade, a falta de água ocorre devido à baixa capacidade dos reservatórios das casas (caixas de água insuficientes para a quantidade de pessoas que reside na moradia).

“Essa diminuição da pressão de água atinge em média 2% da população. Causa um desconforto entre as 22h e o período da manhã, quando a pressão é normalizada e enche a caixa de água. Quando a maioria das pessoas está em repouso não tem por que as redes ficarem pressurizadas, como ficam durante o dia. É uma prática de controle e redução de perda usada no mundo inteiro”, ressaltou.

Ela garantiu ainda que caso seja necessário utilizar a segunda parte da reserva técnica, a Sabesp terá capacidade para isso, já que as obras nesse sentido estão adequadas. Dilma Pena, no entanto, acredita que essa medida não será necessária porque, com base em informações de meteorologistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há previsão de chuvas na região a partir da segunda metade do mês de outubro. “Estamos vivendo uma crise hidrológica sem precedentes, e estamos tentando e vamos conseguir manter a população abastecida”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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