Jordana Mercado
A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP) marcou presença, mais uma vez, na Parada do Orgulho LGBT, maior evento do gênero, que ocorreu neste domingo (29) na Avenida Paulista, região central da cidade.
Neste ano, a Parada, que está em sua 20ª edição, teve o tema “Lei de Identidade de Gênero Já – Todos Juntos contra a Transfobia”, colocando em debate a urgência de tramitação do PL 5002/2013, que garante o direito da pessoa ser reconhecida conforme ela se apresenta.
Mas outro assunto muito presente no ato foi o delicado momento político do Brasil, quando políticas públicas de promoção da igualdade e de direitos humanos, conquistados nos últimos anos, estão em risco sob o governo golpista de Michel Temer.
No trio da CUT/SP, com a Frente Brasil Popular SP (FBP-SP), além do combate à LGBTfobia, o golpe em curso no País foi abordado junto aos milhares de participantes, que aproveitaram para exibir cartazes e camisetas com “Fora Temer”. Gritos e vaias ao presidente golpista também foram puxados em diversos momentos, como na abertura oficial do evento.
Presidente da CUT/SP e coordenador da FBP no Estado, Douglas Izzo alertou sobre os riscos que o mandato de Temer pode trazer. “Estamos em um momento difícil para o País, pois o governo golpista aponta para o retrocesso das leis trabalhistas e dos direitos sociais, que irão atingir também a população LGBT”.
Tradição
A Central participa da Parada do Orgulho LGBT desde 1997 e, no movimento sindical, é uma das entidades mais combativas na defesa dos trabalhadores LGBT. “Esse dia é importante para mostrar à sociedade que muitos direitos ainda precisam ser garantidos e a CUT está nessa luta”, diz a secretária estadual de Políticas Sociais da entidade, Kelly Domingos.
Coordenador do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras LGBT da CUT/SP, Walmir Siqueira fala que a participação da Central na Parada reafirma sua história de defesa dos direitos dos trabalhadores. “Viemos mostrar às pessoas que dentro do movimento sindical também há uma luta pelos direitos da população LGBT, que temos um coletivo organizado e fazemos essa importante defesa”.
Neste ano, a tradicional participação da CUT/SP teve o apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, da Prefeitura de São Paulo, e fez parte da agenda de lutas da Frente Brasil Popular (FBP) SP e Nacional.
Fonte: Rafael Silva – CUT São Paulo