SECOR participa da 2ª "Marsha" Nacional pela Visibilidade Trans em Brasília
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Uma pesquisa feita com 2.285 mulheres entre 14 e 24 anos, com renda familiar de até R$ 6 mil, moradoras de 370 cidades brasileiras, revela que 94% delas já foram assediadas verbalmente e, 77%, sexualmente. Entre os crimes cometidos, 72% ocorreram com desconhecidos. Sço as famosas “encoxadas” no transporte público, a “passada de mço” durante um passeio ou o beijo forçado na balada. O estudo foi feito pela ONG ÉNois Inteligência Jovem, em parceria com Instituto Vladimir Herzog e o Instituto Patrícia Galvço. Â
O objetivo da pesquisa, segundo a ONG, é tentar entender como é ser menina no Brasil, sob a visço do machismo e da violência, que ocorrem de forma corriqueira, desde a divisço das tarefas domésticas à relação que menino e menina estabelecem na sociedade.
A pesquisa mostra também que conceitos de certo e errado ainda sço diferentes para garotos e garotas, principalmente quando se trata de um contexto afetivo e sexual. “Sço dois pesos, duas medidas. Se é um cara que faz algo, ‘faz parte de sua natureza’; se é a mulher, é ‘culpada’â€, opina Gabriela Vallim, de 20 anos, de Sço Paulo.
Já para outras, as mulheres deveriam se unir e problematizar o machismo. “Se eu não questiono, reproduzo normalmente. Sço tantos papeis que temos de fazer para obedecer ao padrço imposto pela sociedade que acabamos nos oprimindoâ€, Jéssyca Liris, de 20 anos, do Rio de Janeiro.
De acordo com dados da pesquisa, 82% das mulheres já sofreram algum tipo de preconceito por serem do sexo feminino – 23% em casa, 39% na escola ou na faculdade e 14% no trabalho. A paulista Vanessa Oliveira, de 21 anos, conta que já tentou se candidatar a uma vaga de emprego para edição de vídeos, no entanto, foi vetada – apenas – por ser mulher. “Ele me disse que a vaga era somente para homensâ€, conta.
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