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Ferramentas garantem acesso dos trabalhadores com deficiência visual à informação, formação e direitos e é um importante passo da CUT para inclusão de todos e de todas, diz dirigente da CUT
A inclusão de pessoas com deficiências (PCDs) tanto no mercado de trabalho como na acessibilidade nos mais diversos espaços é uma luta prioritária da CUT. Um desses espaços é o digital. Em processo de desenvolvimento ao longo dos últimos meses, as ferramentas que vão possibilitar a esse público com deficiências visuais e/ou auditivas ter acesso ao conteúdo da Central já começaram a ser implantadas no Portal CUT.
A primeira delas é o VLibras, uma ferramenta que traduz conteúdos digitais, sejam textos, áudios ou vídeos em português para a Língua Brasileira de Sinais – as libras. O sistema foi desenvolvido para os mais diversos dispositivos – computadores, celulares (smartphones), tablets e plataformas web – para os quais o recurso já está disponível.
Outra ferramenta já implementada permite a pessoas com deficiências oftalmológicas fazerem ajustes nas configurações das telas dos dispositivos. Pode-se alterar a cor, o contraste, o tamanho do texto, destacar links, títulos e até mesmo o cursor do mouse na tela.
Como acessar
Na lateral direita da tela tanto do computador como do celular, há dois ícones que dão acesso às ferramentas.
O ícone azul dá acesso ao recurso VLibras. Ao clicar com o mouse no computador ou tocar sobre ele na tela do celular uma janela será aberta com o avatar do intérprete.
Já o ícone vermelho dá acesso às configurações de tela. Entre as funções disponíveis estão tela sem cor, que torna o conjunto das imagens e textos em preto e branco, o contraste reverso, que inverte as cores da tela, além de recursos para aumentar e diminuir o tamanho do da fonte do texto e a intensidade das letras.
Há também como destacar conteúdos como links e títulos e alterar o formato do cursor.
Iniciativa visa inclusão
A acessibilidade digital é um debate que vem sendo feito de forma cada vez mais incisiva no movimento sindical e nos movimentos sociais como a CUT faz, por meio de seu coletivo dedicado às questões que dizem respeito às pessoas com deficiências. O objetivo é garantir que esses trabalhadores tenham acesso às informações pertinentes aos seus direitos no trabalho e na sociedade como um todo.
“Vários trabalhadores têm deficiência visual e um site com esse tipo de ferramentas permite que mais trabalhadores tenham acesso não só à informação, mas também à formação cidadã e conheçam seus direitos”, diz o secretário de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Ismael Cesar.
Sobre a inclusão das ferramentas no portal, Ismael afirma que “é um pequeno movimento que se dá, mas muito grande para quem tem deficiência visual porque garante as informações a esses trabalhadores”.
E ele vai além, ao afirmar que a iniciativa é um ponto de partida – um exemplo – para que os diversos portais das entidades sindicais caminhem nesse sentido.
“Já temos sindicatos que disponibilizam essas ferramentas de acessibilidade, mas o objetivo é ampliar ainda mais”, ele explica afirmando que se trata também de um exemplo para todos os demais portais brasileiros.
A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), de 2016, determina que sites brasileiros – tanto públicos como privados – devem oferecer acessibilidade para os mais de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Porém, de acordo com um estudo feito pelo Movimento Web para Todos em parceria com o BigDataCorp, menos de 1% cumprem a lei
“Há um caminho longo para a sociedade no sentido depara garantir a acessibilidade, mas a inciativa da CUT é um marco importante”, diz Ismael.
Para Maria Cleide Queiroz, uma das coordenadoras do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiências da CUT, a acessibilidade no Portal da Central, além de um direito, é de extrema importância para a inclusão destes trabalhadores nas lutas da classe trabalhadora como um todo.
A implementação dos recursos no site, ela diz, “reforça o cumprimento de resoluções dos últimos congressos, uma grande conquista pela participação dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência”.
Novas formas
De acordo com o dirigente esta é uma primeira etapa do projeto de acessibilidade. Os próximos passos incluem ferramentas que estão sendo desenvolvidas para fazer a leitura do texto com reprodução em áudio e, assim, ampliar o alcance da acessibilidade para quem não tem 100% da visão.
Um dos coordenadores do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiências da CUT, Carlos Maciel, a acessibilidade na web é essencial para as pessoas com deficiências. “Dialoga com o trabalhador”, ele diz. Ele cita ainda a lei de cotas e de reserva pada PCD´s no serviço público. “Por causa dessas ações há mais trabalhadores com deficiências no mercado de trabalho e por isso é ainda mais urgente a acessibilidade”, ele pontua.
Sobre o Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência
Com a participação das diversas categorias que compõem a CUT, o coletivo o coletivo exige o cumprimento de leis, reivindica direitos básicos, acompanha as políticas sociais específicas e atua, ainda, na formulação de propostas junto ao poder público.
Fonte: CUT
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