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Secor conquista ganhos para os trabalhadores da Kalunga

Publicado em: 21/06/2013

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Depois de inúmeras tentativas de negociações com a rede de papelaria e informática Kalunga para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos trabalhadores, atos reivindicatórios em frente a Central de Distribuição da empresa e a paralisação de, aproximadamente, 200 funcionários da CD por dois dias, o Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor) conquistou ganhos e melhorias de trabalho para funcionários da Central e de mais de 100 lojas de todo o Brasil.

Após os dois dias de paralisação da Central da empresa, 17 e 18 de junho, a gerente de Recursos Humanos da Kalunga, Márcia Aparecida Montagna, e o presidente do Secor, José Pereira da Silva Neto, firmaram norma coletiva de trabalho. A empresa se comprometeu em não descontar os dias parados dos funcionários e não demitir trabalhadores que participaram da greve. Dessa forma, o Secor suspende por tempo indeterminado a paralisação na CD.

Em relação à PLR, Montagna afirmou que será realizado um estudo de viabilidade de pagamento do benefício dentro de três meses. Na norma de trabalho também consta que a empresa irá aprimorar o fornecimento da cesta básica; garantirá ao trabalhador intervalo mínimo de uma hora de almoço; manterá atualizada a função do funcionário em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) conforme o Código Brasileiro de Ocupações do Comércio; entre outros.

De acordo com o presidente do Secor, José Pereira Neto, essas conquistas são fruto da união entre sindicato e categoria. “Não posso deixar de agradecer o apoio e a presença em todos os atos realizados do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campinas, Sindicato dos Comerciários de Cotia e Região, Sindicato dos Empregados no Comércio de Guarulhos e Sindicato dos Comerciários de São Paulo. O companheirismo deles durante a luta foi essencial para a conquista dos trabalhadores da Kalunga”, completa.

Entenda o caso

Há cinco anos, o Secor busca negociar com a rede Kalunga o pagamento da PLR aos trabalhadores como forma de recompensa e incentivo a produtividade no trabalho. No entanto, a empresa afirmava não reconhecer na lei nº 10.101 à obrigatoriedade do pagamento do benefício.

As negociações tomaram maiores proporções em maio deste ano, quando o sindicato começou a organizar atos reivindicatórios na Central de Distribuição da rede. Em 15/5, o Secor organizou o primeiro em frente a CD. Em horários de entrada e saída de funcionários, representantes do sindicato distribuíram material sobre o pagamento da PLR. Além disso, o Secor utilizou um carro de som para conscientizar trabalhadores sobre a importância do benefício e alertar sobre a paralisação, caso a empresa não negociasse com o sindicato.

Já na quinta-feira, 27/5, o Secor realizou Assembleia Geral Extraordinária com trabalhadores na Central dando sequência a reivindicação da PLR. Representantes do sindicato colheram assinaturas de comerciários que reconhecem o direito de receber a PLR e estavam cientes da possibilidade de greve.

Após reivindicações do sindicato em busca do pagamento da PLR, o Secor e a administração da empresa se reuniram em uma mesa redonda convocada pelo Ministério do Trabalho, em 6/6. De acordo com o presidente do sindicato, José Pereira Neto, a Kalunga continuou alegando que não pagaria o benefício ao trabalhador. “Durante a reunião, o sindicato continuava empenhado em alcançar a vitória do trabalhador e a conquista da PLR. No entanto, a administração da Kalunga continuou adotando uma postura autoritária e intransigente ao afirmar que não reconhece na lei nº 10.101 a obrigatoriedade do pagamento do benefício e continua demonstrando pouco caso com seus colaboradores ao reforçar que não há projetos para o pagamento da PLR”, confirma.

Em 17 e 18 de junho, o Secor organizou a paralisação da CD da Kalunga. A greve, que paralisou, aproximadamente, 200 colaboradores da empresa foi mais um ato reivindicatório do sindicato que busca a conquista da PLR aos comerciários da rede. De acordo com Neto, o resultado da mesa redonda com a empresa e a falta de abertura para negociações fez com que o sindicato e categoria se mobilizassem e parassem a Central de Distribuição.

Em 19/6, Secor e rede Kalunga firmam norma coletiva de trabalho que garante melhorias ao comerciário da rede. A empresa tem 90 dias para solucionar os problemas. Caso isso não aconteça, a greve pode ser retomada.

Fonte: Assessoria de Imprensa/ Thaís Peixoto

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