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Divulgação
Diante do fim da distribuição das sacolinhas nos supermercados do Estado de São Paulo, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) anunciou na terça-feira, 3, que pretende implantar um programa de sacola reutilizável vai e vem, em que o consumidor pode adquirir uma sacola e, quando voltar à loja, devolvê-la e pegar seu dinheiro de volta – ou abater o valor de sua compra.
‘O cliente que está do nosso lado é aquele que usa a reutilizável. Só que, nesse processo de adaptação, ele às vezes esquece a sacola. É nele que estamos pensando’, disse João Galassi, presidente da Apas. A Apas ainda não sabe que tipo de sacola vai ser usada no sistema vai e vem. ‘Os detalhes serão discutidos na segunda-feira’, acrescentou.
A associação anunciou ainda ter encaminhado pedido à Secretaria da Fazenda do Estado (Sefa) pela redução do imposto sobre as sacolas reutilizáveis e os sacos plásticos feitos de material reciclável (aqueles pretos), o que não foi confirmado pela Sefa.
O acordo que a partir de hoje retira dos supermercados as sacolinhas plásticas para embalar os produtos comprados foi firmado no ano passado, chegou a entrar em vigor em janeiro, mas acabou adiado por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) diante do argumento de que nem consumidores, nem lojistas, estavam preparados para a iniciativa.
‘Reduzir o uso das sacolinhas é fundamental para abrandar seus impactos ambientais’, afirmou Felipe Zacari Antunes, gerente de Sustentabilidade do Walmart, rede afiliada à Apas.
‘Para começar, não é uma ideia da Apas. É um movimento do consumidor consciente do mundo todo. Se não fosse um movimento global, não estaríamos encampando’, disse Galassi.
Apoio. Para o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, a medida é bem-vinda nessa primeira fase de vigor do acordo. ‘É um reforço, sobretudo nesse momento de adaptação do consumidor. À medida que o novo hábito for consolidado, a vai e vem será cada vez menos necessária. Mas no começo será útil.’
Góes discorda da visão da coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) de que o processo de eliminação das sacolinhas plásticas foi levado a termo sem a participação do consumidor: ‘Fomos ouvidos pela Secretaria de Meio Ambiente e, desde o início, nos posicionamos a favor de um período de adaptação, o que foi garantido com o TAC’,
A Plastivida – Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos diz que o acordo não tem força de lei e o consumidor pode continuar exigindo a sacola no supermercado.
‘Temos uma ação civil pública contra o acordo e uma ação popular contra o TAC’, afirmou o advogado da Plastivida, Jorge Kaimoti Pinto.
Fonte: estadao.com.br
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