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Aumenta a precarização do trabalho no Brasil

Publicado em: 10/07/2018

Apesar da aparente estabilidade nas taxas de desemprego no Brasil, a desocupação permanece alta em relação a períodos anteriores. O que continua aumentando, especialmente depois da aprovação da nova legislação trabalhista, é a precariedade do trabalho. Em quatro anos, o número de pessoas com carteira de trabalho assinada caiu quase 4 milhões – de 36.672, em 2014, para 32.775, em 2018.

O número de trabalhadores e trabalhadoras desempregados no Brasil aumentou de 13,1 milhões para 13,2 milhões entre o trimestre móvel de março a maio deste ano e o anterior, de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. A taxa de desemprego no período passou de 12,6% para 12,7%, em média. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, houve queda (3,9%) no número de desempregados que estava em 13,8 milhões.

Os dados da PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (29), mostram estabilidade nas taxas de desocupação e aumento no número de brasileiros/as contratados/as sem direitos ou trabalhando por conta própria, ou seja, fazendo bicos porque não conseguiram uma recolocação no mercado de trabalho.

Precarização

O número de trabalhadores COM e SEM carteira assinada e, também, o dos que estão fazendo bico porque não conseguiram recolocação no mercado de trabalho, continua aumenta na era do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP).

O número de trabalhadores e trabalhadoras COM carteira de trabalho assinada  (32,8 milhões) caiu mais uma vez (1,1%) na comparação com o trimestre móvel anterior. Isso significa que o país perdeu 351 mil postos de trabalho com direitos garantidos pela CLT. Em relação ao trimestre de março a maio de4 2017, a que no número dos COM carteira foi de 1,5%, ou menos 483 mil trabalhadores sem direitos.

Já o número dos SEM carteira assinada segue aumentando (2,9%) em relação ao trimestre anterior e mais 307 mil trabalhadores e trabalhadores que estão em empregos precários, sem direitos. Agora, o total de sem direitos empregados soma 11,1 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, o total dos SEM carteira cresceu 5,7% (mais 597 mil trabalhadores e trabalhadoras sem direitos).

Bicos                         

O total de trabalhadores e trabalhadoras que não conseguiram emprego e foram fazer bicos (trabalham por conta própria, segundo o IBGE) ficou estável em relação ao trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018 e soma 22,9 milhões de pessoas. Já em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve alta de  2,5%, ou, mais 568 mil pessoas fazendo bicos para sobreviver.

Rendimento

O rendimento médio habitual, aquele que é recebido por todos os trabalhadores ocupados, no trimestre móvel de março a abril ficou estável (R$ 2.187) em relação ao trimestre anterior (R$ 2.200).

Emprego doméstico

A categoria dos trabalhadores e trabalhadoras domésticos, estimada em 6,1 milhões de pessoas, caiu em relação ao trimestre móvel de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018.

Confira a íntegra do informe do IBGE.

Confira no Indicadores de Conjuntura do Portal CUT, informações sobre o mercado de trabalho no Brasil.

Fonte: CUT

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